Proposta

CASA SEGURA – Crianças Protegidas Adultos Seguros

A experiência dos Bombeiros Voluntários de Penela, ao longo de quase quatro décadas de existência, tem permitido nomear e realçar necessidades ao nível da autoproteção e atuação, consideradas de relevo em termos da sensibilização, adestramento e respetiva prevenção e intervenção na ocorrência de acidentes domésticos. Sensibilizar e formar aqueles que são mais promotores de um contexto de vida mais seguro e protegido, aqueles que, no presente, podem construir significativamente e assegurar um mundo mais seguro, i.e., as nossas crianças e jovens, é um objetivo de maior interesse. Assim, para desenvolver e concretizar a resposta às necessidades identificadas, avalia-se ser de elevada importância a criação de uma estrutura física com condições específicas, concretamente uma casa com as características mais representativas das condições domésticas em que habitam os nossos cidadãos (tal como se pode ver no Projeto de Reconstrução da Casa Segura no documento anexo). Esta será uma estrutura que permitirá aos Bombeiros Voluntários de Penela responder às solicitações com maior capacidade, tanto em termos de número de crianças e jovens a quem se dirige, como na especificidade de recursos onde aplicam a tecnicidade da prevenção e intervenção, nos diversos focos e riscos que existem no contexto doméstico, presentes no dia a dia e nas respetivas rotinas do quotidiano (tal como se pode ver no Plano de Sensibilização e Treino de Prevenção e Intervenção em Acidentes domésticos – Crianças e jovens, no documento em anexo); aos quais todos estão sujeitos, devendo agir para os evitar e intervir para os controlar e debelar.

Contributo para a estratégia de desenvolvimento do Município

Tendo como garantia a existência de profissionais competentes e experientes, e uma organização administrativa e formativa robusta como a que os Bombeiros Voluntários de Penela apresentam, asseverando condições logísticas para a construção do espaço físico, na forma de uma casa com a estrutura e equipamentos necessários para formação e treino infantojuvenil, poder-se-á ir ao encontro do ponto 4 das competências referidas pela proteção civil do município, nomeadamente: “Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC accionam, a nível municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil;”; assim como do DOMINIOS N.º 2, do artigo 2.º da Lei 65/2007, referido na p.65 da Parte V-Informação Complementar denominada de Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil: “Informação e formação das populações do Município, visando a sua sensibilização em matéria de autoprotecção e de colaboração com as autoridades;”; e ainda das propostas na Recomendação sobre Educação para o Risco (Recomendação n.º 5/2011, de 20 de outubro de 2011) tal como referido na Recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE), “Conhecer e agir neste paradigma de “sociedade de risco” exige novas competências pessoais, fundadoras de uma cidadania mais ativa, participada e informada, que deve ser adquirida desde o início do percurso escolar.”. Indo ao encontro do acima referido, destaca-se também o fato de os Bombeiros Voluntários de Penela consideram como foco primordial uma população cujas caraterísticas potencializam a cidadania, para a comunidade e para a continuidade, o efeito do que se efetiva num espaço com estas condições e objetivos, numa planificação estruturada e sistemática. É de conhecimento cada vez mais consciencializado que educar para a proteção civil, focando a atenção nas crianças e jovens, promove a desejada cultura de segurança baseada na educação para o risco, naqueles que melhor podem potenciar esses conhecimentos: concretamente alertar para os principais riscos a que podem estar sujeitos, e quais as principais medidas de prevenção que permitem evitar esses riscos; sendo consensual que as crianças e os jovens constituem o grupo alvo a privilegiar nas campanhas de sensibilização para a segurança e mais especificamente para a proteção civil. Desta forma pretende-se que este projeto abranja as crianças e jovens do concelho e que possa estender-se a e escolas e outros instituições de ensino e formação profissional do concelho ou com quem o concelho tem parcerias; estimando-se ir ao alcance de cerca de 500 crianças e jovens, ao longo de cada ano civil.

Localização

Penela

Atores envolvidos

Com base nas diversas componentes que envolve o projeto e sua execução, os respetivos atores são: 1. Construção das fundações e estrutura da Casa (Projeto de reconstrução), envolve diversas divisões como sala de formação, áreas de cozinha, W.C e restante divisões de uma habitação - Bombeiros Voluntários de Penela; 2. Equipamento para cada área específica - Bombeiros Voluntários de Penela: a. sala de formação com quadro, cadeiras, mesas, computador, retroprojetor, vídeo suporte e jogos de treino virtual; b. Casa de banho com cabides, colchões, bancos, cortinas, sanita, lavatório, duche, etc.; c. Cozinha com bancada, fogão, forno, outros eletrodomésticos; 3. Equipamento/material de intervenção como extintores, aparelhos de comunicações, kits de sobrevivência, etc. - Bombeiros Voluntários de Penela; 4. Material de comunicação e imagem como placas de sinalética e roteiro e materiais de suporte para publicidade, divulgação e informação sistematizada de boas práticas (cartazes, folhetos, etc.) - Bombeiros Voluntários de Penela; 5. Material de acondicionamento e arrumação como prateleiras, armários, cabides, etc. - Bombeiros Voluntários de Penela. 6. Recursos humanos - Bombeiros Voluntários de Penela: a. manutenção logística e burocrática como limpeza, desinfeção, reabastecimento, etc. b. formação ministrada por formadores internos e externos para aspetos teóricos e práticos específicos, profissionais de saúde, etc., com tónica na Prevenção “Eu cuidadoso” e na Intervenção “Eu calmo!” e “Eu ajo!”

Prazo de execução

Tempo previsto é de 9 meses.

Custo estimado da implementação do projeto

Custo total para implementação do projeto resulta em 45 500 € (quarenta e cinco mil e quinhentos euros), distribuído pelos seguintes componentes: 1. Reconstrução do Edifício – 24 000 € (vinte e quatro mil euros), que envolve as seguintes componentes: a. Projeto de reconstrução do edifício b. Material de construção da obra (muros, paredes e telhado; instalação elétrica e canalização; rede eletrónica como internet, telefone, etc.) c. Mão de obra para execução do projeto (construção, instalação, pintura, etc.) 2. Mobiliário e equipamento – 10.000 € (dez mil euros), para as seguintes divisões: a. Sala de formação b. Cozinha c. Sala d. Quarto e. Instalações sanitárias / Casa de Banho – 3. Equipamento e materiais Pedagógicos – 8.000 € (oito mil euros) a. Equipamento eletrónico e visual b. Sinalética e roteiro de formação c. Materiais de suporte técnico e prático para os conteúdos e estratégias formativas 4. Comunicação e imagem – 3.500 € (três mil e quinhentos euros) a. Publicidade, divulgação e informação sistematizada (cartazes, folhetos, etc.) b. Plataformas de redes sociais para divulgação e sensibilização online (site, Facebook, instagram, etc.)

Custo estimado do funcionamento anual do projeto

Custos estimados o nível do funcionamento anual: 1. A manutenção das diferentes áreas da Casa é assegurada pelos Bombeiros Voluntários de Penela, não se imputando aqui despesas. Bem como o processo de preparação da comunicação, divulgação e formação também ficará a cargo dos Bombeiros Voluntários de Penela, logo não imputando aqui custos. 2. A manutenção de consumíveis e reparação de material fica a cargo dos Bombeiros Voluntários de Penela. Logo não se prevê imputação de custos.